A excelência operacional é um objetivo permanente, ou seja, uma busca que nunca termina. Mesmo quando as metas são alcançadas, o mercado está sempre passando por mudanças e inovações, sendo papel da indústria acompanhar tudo isso. Portanto, a evolução é constante.
Sempre há novas maneiras de tornar o negócio mais engajado, profissional e produtivo, basta que a gestão esteja atenta a essas oportunidades e siga um planejamento bem estruturado.
Pensando nisso, ter uma metodologia e seguir o passo a passo é o melhor caminho para alcançar esse objetivo, mesmo que esse processo não seja definitivo e precise ser aplicado novamente no futuro.
O conceito de excelência operacional pode soar muito vago e abrangente. Porém, para delimitar os parâmetros que o norteiam, a indústria pode se basear em três principais indicadores de controle de qualidade: disponibilidade, performance e qualidade.
As máquinas e equipamentos devem estar em constante funcionamento. Nos casos em que uma parada para manutenção é necessária, esse procedimento deve ser programado para que não prejudique a sequência das operações.
Quando isso acontece por um erro inesperado ou por falta de matéria-prima, aí sim a parada é contabilizada como um problema.
Esse quesito trata da eficiência dos processos em si. Máquinas que podem estar com funcionamento prejudicado por falta de peças ou desgaste das mesmas configuram um problema.
A qualidade é um critério que avalia o resultado final da produção. Se grande parte dos produtos forem descartados, é sinal de que houve um problema de qualidade durante o processo. Ou seja, de nada adianta produzir muito se nem metade poderá ser aproveitado, por exemplo.
Garantir a qualidade exige um acompanhamento rigoroso, além de equipes concentradas em seguir o planejamento e dedicadas a identificar oportunidade de melhorias. Essa assertividade também reduz custos com desperdícios e se destaca aos olhos do consumidor.
Como vimos, os três pilares da excelência operacional exigem um planejamento. Alcançar esse status é um diferencial que garante um produto de nível superior para os clientes, algo que consequentemente abre portas para novos negócios.
Tendo como base a ISO 9001:2015, podemos destacar como principais passos a serem seguidos para se ter sucesso nesse objetivo:
Um bom equipamento é condição fundamental para o funcionamento adequado da indústria. É preciso ter muito cuidado para não investir em máquinas de baixa qualidade, que rapidamente se tornarão sucata dentro da linha de produção.
No momento da escolha, preze por fatores como durabilidade, qualidade, capacidade de produção e usabilidade a longo prazo.
Para a escolha da matéria-prima, preço e qualidade também precisam estar em equilíbrio. Preços muito baixos podem significar o fracasso de toda sua produção, assim como há muito superfaturamento por aí, em matérias-prima que possuem alto custo mas não agregam valor significativo para o resultado final.
É preciso estar constantemente reavaliando esses fatores e buscando a opção de melhor custo-benefício para o negócio. Sendo assim, faça a revisão de fornecedores periodicamente e ajuste também a escolha ao seu orçamento.
Lembre-se de que sua indústria não está produzindo para você. É preciso ter demanda para que o negócio funcione, ou seja, os clientes são a força que move a produção e isso deve se refletir em todas as decisões tomadas internamente.
Entendendo o que essas pessoas buscam, será muito mais fácil aplicar melhorias sob medida, que de fato satisfaçam suas necessidades. Portanto, aplique pesquisas de satisfação, de mercado e se relacione com seu público.
Decisões assertivas não são tomadas com base no seu próprio achismo e opinião. A gestão industrial é uma enorme responsabilidade e tudo deve ser justificado em dados, que caracterizam uma base sólida para qualquer movimento.
Quando se lida com investimentos, os resultados gerados são sempre uma cobrança constante. Felizmente, com a tecnologia moderna é possível coletar, organizar e armazenar esses dados de uma forma muito mais prática e eficiente.
Um dos problemas mais graves na indústria é quando os problemas no produto final só são identificados quando ele já chegou ao consumidor. Isso representa um prejuízo não só financeiro, mas também à imagem do negócio.
Na pressa por finalizar a produção, a realidade de muitas fábricas não conta com uma fase de testes bem definida. Essa é uma etapa que deve fazer parte da rotina, contando com testes individuais e criteriosos.
Pode parecer um processo burocrático e desnecessário, mas que no fim evita transtornos e até processos na justiça, dependendo da gravidade do problema.
A força humana também é fundamental na busca pela excelência operacional. Não só de máquinas se faz uma indústria e, como mencionado no início deste artigo, os colaboradores são aqueles que mais lidam com o planejamento de produção, pois ele faz parte da rotina desses profissionais.
Dessa forma, são eles que poderão sugerir melhorias com ainda mais propriedade, além de cumprir com o que já era esperado. Isso exige uma comunicação interna eficiente, para que cada um entenda seu papel e sua responsabilidade dentro do negócio.
Profissionais mais motivados também são mais proativos, naturalmente agregando fluidez ao processo produtivo e garantindo a qualidade do produto final.
Investir em inovação exige também uma cultura de confidencialidade dentro da empresa. Na grande maioria das vezes, a excelência pode surgir de uma ideia disruptiva, criando uma proposta que ainda não existe no mercado.
Nesses casos, uma saída é limitar o número de colaboradores envolvidos na ideia e adotar uma política de assinatura de termos de confidencialidade, só para garantir.
Da mesma forma que os colaboradores precisam saber seu papel dentro do panorama geral da indústria, um fluxo de produção integrado é fundamental para evitar desperdícios — de tempo e dinheiro.
Interligar as etapas de produção e setores, permitindo que todos tenham acesso a informações importantes e estejam em constante contato é o melhor método para alcançar a excelência operacional.
Assim como na questão da análise de dados, a tecnologia aqui é uma parceira essencial fornecendo as ferramentas capazes de unificar processos e acompanhar a produção em tempo real.
Se essas dicas foram úteis para você, confira também as vantagens de implantar um software ERP na sua indústria.